Holofote

Primeira Meia Maratona Internacional de Maricá consagra brasileiro e queniana no pódio

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Maricá sediou, neste fim de semana (24 e 25/05), sua primeira Meia Maratona Internacional, reunindo mais de cinco mil atletas de diferentes partes do mundo – incluindo Quênia, França, Estados Unidos e diversas regiões do Brasil. Com grande público, alto nível técnico e organização elogiada, a prova já desponta como uma das mais promissoras do calendário esportivo nacional.

Do Quênia, Viola Jelagat Kosgei chegou como favorita — e não decepcionou. Bicampeã da Meia Maratona do Rio, maior festival de corridas da América Latina, ela manteve a concentração do início ao fim da prova, depois de chegar com bastante antecedência e fazer um bom aquecimento. A temperatura marcava 18 graus, mas a sensação térmica era ainda mais baixa, com um frio cortante. Mesmo assim, Viola cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, com um sorriso sereno no rosto.

“Eu amo um desafio. A recompensa financeira também me motiva, pois invisto tudo na plantação de cenoura, batata e milho”, revelou a atleta, que também expressou seu carinho especial pelo país: “Sonho em morar no Brasil um dia. O Brasil mora no meu coração”.

Entre os homens, quem roubou a cena foi o brasileiro Ederson Vilela. Campeão pan-americano, ele superou grandes nomes do atletismo africano e conquistou o lugar mais alto do pódio com o tempo de 1h04min08s — o segundo melhor tempo de meia maratona em provas de rua registrado por um atleta sul-americano.

“Quero agradecer à população, que ficou o tempo todo incentivando, gritando, me dando força. Me preparei muito para essa prova e fico feliz por vencer novamente grandes nomes do atletismo africano. Deu Brasil na cabeça, graças a Deus!”, comemorou, visivelmente emocionado.

Outra atleta que chamou atenção foi a carismática Lucinete Souza, primeira mulher a vencer a tradicional Corrida da Ponte, há 46 anos. Ela ficou marcada por uma cena icônica: ao sentir calor nos pés, tirou os tênis no meio da prova e cruzou a linha de chegada descalça — e vencedora.

“Já tem muito tempo que eu corri na Ponte, mas a sensação é a mesma, é atual, as recordações são bacanas demais. Hoje os tênis para corredores são mais modernos, próprios para competição, evoluíram muito. Naquele dia da minha prova eu senti calor nos pés e tirei o tênis no meio da ponte Rio-Niterói”, relembrou Lucinete, que já se prepara para a próxima edição da prova.

Marcada para o dia 3 de agosto, a Corrida da Ponte terá 21 km de percurso, ligando dois cartões-postais da Baía de Guanabara. Para Lucinete, será mais que uma prova. Será um reencontro com sua própria história.

A repercussão positiva entre atletas, público e especialistas reforça a expectativa de que a Meia Maratona Internacional de Maricá passe a integrar oficialmente o calendário esportivo da cidade, impulsionando o turismo, incentivando hábitos saudáveis e promovendo a integração cultural por meio do esporte. A prova ainda recebeu o Permit Ouro, maior nível de certificação para corridas de rua no Brasil.

“Receber o Permit Ouro na primeira edição é um reconhecimento técnico extremamente relevante. Significa que cumprimos todos os critérios de excelência exigidos pelas entidades reguladoras e que estamos no caminho certo para transformar Maricá em referência no cenário esportivo nacional”, finalizou Prefeitinho, diretor da corrida.

Além do elevado nível esportivo, a Meia Maratona Internacional de Maricá se destacou pelo compromisso com a sustentabilidade: toda a energia utilizada no evento foi 100% renovável, reforçando a vocação da cidade para práticas sustentáveis e inovadoras.

Para o diretor-geral da prova, Rafael Prefeitinho, essa escolha vai ao encontro da identidade de Maricá como um município moderno e socialmente responsável:

“Acreditamos que é possível unir esporte, sustentabilidade e tecnologia. Utilizar energia 100% renovável em um evento desse porte mostra que Maricá está preparada para realizar grandes projetos sem abrir mão do cuidado com o meio ambiente. Esse é o modelo de cidade que queremos construir: moderna, verde e inclusiva”.

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