
Músicas: 225
Acessos: 43.139
Site: http://www.caetanoveloso.com.br/ziiezie/
Músicas: 225
Álbuns: 9
Acessos: 43.139
Site: http://www.caetanoveloso.com.br/ziiezie/
Embora desde cedo já tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de Notícias, conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova—notavelmente João Gilberto, sua maior influência e com quem dividiria o palco anos mais tarde—Veloso iniciou seu trabalho profissionalmente em 1965 com o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova Maria Bethânia por suas apresentações nacionais do espetáculo "Opinião", no Rio de Janeiro. Nessa década conhece Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participa dos festivais de música popular da Rede Record e compõe trilhas de filmes. Em 1967 sai seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e no ano seguinte lidera o movimento chamado Tropicalismo, que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no Brasil, através do disco Tropicália ou Panis et Circensis ao lado de vários músicos. Em 1968, face à ditadura militar, compõe o hino "É Proibido Proibir", que é desclassificada e amplamente vaiada durante o III Festival Internacional da Canção.
Em 1969, é preso pelo regime militar e parte para exílio político em Londres, onde lança Caetano Veloso (1971), disco triste com canções compostas em inglês e endereçadas aos que ficaram no Brasil. Transa (1972) representou seu retorno ao país e seu experimento com compassos de reggae. Em 1976, une-se a Gal, Gil e Bethânia para formar o Doces Bárbaros, típico grupo hippie dos anos 70, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na década de 80, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rocks nacionais, aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes, Uns e Velô, e em 1986 participou de um programa de televisão com Chico Buarque. Na década de 90, escreveu Verdade Tropical (1997), e o disco Livro (1998) ganha o Prêmio Grammy em 2000, na categoria World Music. Com A Foreign Sound cantou clássicos norte-americanos e em 2006 lançou o álbum Cê, fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes gêneros ao samba, Zii e Zie de 2009—seu último disco lançado até agora—fechou a parceria com a Banda Cê.
Caetano Veloso é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes desde a década de 60 e já foi chamado de "aedo pós-moderno". Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos músicos latino-americanos do mundo, tendo mais de cinqüenta discos disponíveis e canções em trilhas sonoras de filmes como Hable con Ella de Pedro Almodovar e Frida de Julie Taymor. Ao longo de sua carreira, também se converteu numa das personalidades mais polêmicas e com maior força de opinião nacional. É uma das figuras mais importantes da música popular brasileira, considerado internacionalmente um dos melhores compositores do século XX, sendo comparado a nomes como Bob Dylan, Bob Marley e Lennon/McCartney.
PEÇA SUA MÚSICA
Alexandre
(Caetano Veloso)
Ele nasceu no mês do leão, sua mãe uma bacante E o rei, seu pai, um conquistador tão valente Que o príncipe adolescente pensou que já nada restaria Pra, se ele chegasse a rei, conquistar por si só. Mas muito cedo ele se revelou um menino extraordinário: O corpo de bronze, os olhos cor de chuva e os cabelos cor de sol. Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu Ele escolheu seu cavalo por parecer indomável E pôs-lhe o nome: Bucéfalo Ao dominá-lo , para júbilo, espanto e escândalo De seu próprio pai, que contratou para seu preceptor Um sábio de Estagira Cuja cabeça ainda hoje sustenta o Ocidente: O nome, Aristóteles nome Aristóteles se repetiria Desde esses tempos até nossos tempos e além. Ele ensinou o jovem Alexandre a sentir filosofia Pra que, mais que forte e valente, chegasse ele a ser sábio também. Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu Ainda criança ele surpreendeu importantes visitantes Vindos como embaixadores do Império da Pérsia Pois os recebeu, na ausência de Filipe, com gestos elegantes De que o rei, seu próprio pai, não seria capaz. Em breve estaria ao lado de Filipe no campo de batalha E assinalaria seu nome na história entre os grandes generais. Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu Com Hefestião, seu amado Seu bem na paz e na guerra Correu em honra de Pátroclo os dois corpos nus Junto ao túmulo de Aquiles O herói enamorado, o amor Na grande batalha de Queronéia, Alexandre destruía A Esquadra Sagrada de Tebas, chamada A Invencível. Aos dezesseis anos, só dezesseis anos, assim já exibia Toda a amplidão da luz do seu gênio militar. Olímpia incitava o menino do sol a afirmar-se Se Filipe deixava a família da mãe De outro filho dos seus se insinuar. Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu Feito rei aos vinte anos Transformou a Macedônia, Que era um reino periférico, dito bárbaro, Em esteio do helenismo e dos gregos, seu futuro, seu sol. O grande Alexandre, o Grande, Alexandre Conquistou o Egito e a Pérsia Fundou cidades, cortou o nó górdio, foi grande; Se embriagou de poder, alto e fundo, fundando o nosso mundo, Foi generoso e malvado, magnânimo e cruel; Casou com uma persa, misturando raças, mudou-nos terra céu e mar, Morreu muito moço, mas antes impôs-se do Punjab a Gibraltar. Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu
Para otimizar sua experiência durante a navegação, fazemos uso de cookies. Ao continuar no site, consideramos que você está ciente e concorda com tal monitoramento. Confira a nossa Política de privacidade.