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Site: http://www.banga.com.br/
Com o sucesso do carnaval, os principais integrantes ficaram motivados
a seguir com o trabalho durante o ano, fazendo shows com uma formação reduzida, mas sem perder a sonoridade e a característica festiva do bloco. Este foi o estopim para o surgimento da banda Bangalafumenga.
No entanto, mesmo como uma "banda", não perderam o jeito vira-lata,
e não deixaram de participar da folia do carnaval de rua. O resultado é
um som direto, percussivo, super dançante com uma linguagem
poética simples.
Assim o trabalho foi começando a conquistar a simpatia do público,
e respeito de nomes consagrados da nossa música. Já dividiram palco com artistas como: Nei Lopes, Zélia Duncan, Fernanda Abreu, Marcelo D2, Roberto Frejat, Seu Jorge, Paula Lima, Walter Alfaiate, Adriana Calcanhoto, Pedro Luís e a Parede, entre outros.
Rodrigo Maranhão, líder e principal compositor do grupo, já foi gravado
por vários intérpretes da música brasileira. Destaque para Fernada Abreu, Zélia Duncan, e Maria Rita, esta última que gravou a canção “Caminhos das Águas”, que deu ao compositor o Grammy Latino de melhor canção brasileira de 2006.
As apresentações do Banga contam com suas canções, e de outros compositores da nova safra, além de clássicos da música brasileira,
como Gil, Lenine, Alceu Valença, entre outros.
O Bangalafumenga ministra sua Oficina de percussão na Parada da Lapa, RJ, em parceria com a Fundição Progresso, explorando toda a diversidade e riqueza dos ritmos brasileiros, como o Côco, a Ciranda, o Maracatú, o Samba. Na oficina, os quatro diretores do Banga (Rodrigo Maranhão, Thiago Di Sabbato, André Moreno, Dudu Fuentes) ensinam as técnicas dos instrumentos de bloco, como surdos, repiques e tamborins, além de musicalizar e formar "em casa" os batuqueiros do Bloco. Que vem ganhando força a cada ano, já conta com mais de 70 integrantes, e já está virando tradição no carnaval de rua do Rio.
No mais, no dicionário, Bangalafumenga quer dizer um indivíduo sem importância, um "João Ninguém". Na tradição do nosso samba, era o nome dado às casas do Rio Antigo que abrigavam as batucadas, numa época
em que carregar um violão ou batucar era caso de polícia. Como os tempos são outros, hoje, com o Bangalafumenga na área, a festa está liberada.
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Baseados em fatos reais
( e )
Eu trago meu encanto
A minha alegria
Palavra por palavra inventando poesia
Sonhando mar adentro
Nem Rio, nem Bahia
Me criei numa travessa longe de Maria
E com as mãos vazias voa meu pensamento
Eu tenho dez mil anos e muito conhecimento
A minha fé me guia, preciso estar atento
Eu sou o samba, já nasci faz muito tempo
Depois fui perseguido
No meio da rua
Modificaram minha estrutura
Eu tô no samba-funk, tô no sambalanço
Tô na batucada minha rede eu mesmo tranço
E na sociedade, agora sou aceito
Quem vai dizer que nunca sofreu preconceito
A minha fé me guia, e com todo direito
Eu sou o samba, e canto de qualquer jeito
Pra quem só me respeita de sapato branco e terno
Saiba que o partido alto sempre foi moderno
E continua eterno
Permanecerá
Uma jóia da cultura popular
Batuque envenenado
Muita coisa no ar
Se prepara porque a cobra vai fumar
A minha fé me guia, eu preciso tocar
Só mais um samba
Diz que Deus, diz que dá.