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Eles se conheceram há quatros anos e meio, mas há três que chegaram à formação definitiva com a entrada de Márcio. Ele cantava e tocava cavaquinho em outra banda, quando foi descoberto pelo empresário Rodrigo Bacellar. A ideia na época era, justamente, formar um bom grupo para levar a sério as rodas de samba que, até então, faziam de brincadeira. Deu certo. Márcio, hoje com 23 anos, teve que arriscar. Ele trabalhava como gráfico e sustentava a família (mãe e irmã) desde os 15 anos, mas a música estava na veia. O pai, separado da mãe, também tocava e fez com que Márcio aprendesse a arte do cavaco no velho instrumento do avô. Aí então a banda ficou completa. Completa e harmoniosa. Perfeitamente harmoniosa.
Os Mulekes têm uma alegria natural, que vira brilho intenso no palco, onde todos - especialmente Márcio - envolvem e dominam o público como veteranos. Assistir a um show desses meninos, aliás, é lembrar o início de grupos como o Só Pra Contrariar, Exaltasamba, Soweto... E não pensem que os grupos de pagode já consagrados são a única inspiração dos garotos de Campos. Eles ouvem de tudo e adoram Gilberto Gil, Djavan e Jorge Vercilo. Esses dois últimos, inclusive, estão presentes nos shows, uma vez que no repertório constam Meu bem-querer e Que nem maré.
Romantismo também não falta e isso fica bem claro quando a gente ouve o CD de estreia do grupo. Músicas como o primeiro single Opções (Umberto Tavares/Gustavo Lins), Gata manda ver (Márcio Lopes), Fantasia (Picolé) e História de amor (Edney Fernandes) são apenas quatro boas representantes do romantismo da terra da goiabada. Neste primeiro trabalho, o pagode d`Os Mulekes também dá espaço ao melody como Pedindo pra voltar (Alexandre Lucas/Abdullah/Carlos Isnard) e Uma chance (Sandro Balli).
Como sambalanço também não podia faltar, o produtor Prateado (que assina alguns arranjos e empunha o baixo em várias faixas) escolheu uma música dos irmãos Jorge e Paulo Santana, do Malakacheta, para dar ao CD uma boa pitada de swing. A música Se liga em mim encaixou-se direitinho ao jeito muleke de ser do grupo: "A gente pode brincar legal no palco com essa música!", conta Márcio, que empolga com seu sapatinho luxuoso.
Não foi à toa que as faixas mais românticas ficaram na voz de Márcio. Além de ser o principal vocalista do grupo, ele é um sentimental apaixonado e emotivo. Ouvindo a música 12 de junho (Pezinho) pela primeira vez, ele se derramou em lágrimas. O resultado foi uma gravação emocionante, carregada de sentimentos.
Já Imprudência (Edna Só) e Papo de fã (Edna Só e Claudemir) - dois sambas mais animados - ficaram a cargo de Fabinho, que soube garantir a mesma qualidade nos vocais.
Alegria, romantismo, pagode da melhor qualidade, arranjos de Jota Moraes e Prateado, músicos do calibre de Mauro Diniz (cavaco), Rick (bateria), Carica (banjo) e muitos outros, além de composições de feras como Picolé, Délcio Luiz e Pezinho (dupla responsável por inúmeros sucessos do Exaltasamba): tudo isso faz parte de uma receita de sucesso. Sucesso que Os Mulekes vão fazer o Brasil conhecer.
Fiquem ligados porque se depender de Os Mulekes o pagode ficará em alta novamente.
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Uma Chance
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Quero ao menos uma chance de explicar a confusão
Tenho medo que o boato dê um fim à relação
Não consigo imaginar o que eu fiz pra merecer
Esse plano de alguém pra me ver longe de você
Não termine assim eu sei que é difícil acreditar
É que eu nunca dei motivo pra você desconfiar
Eu sei do seu orgulho não quer ser infeliz
É que eu não posso pagar por uma coisa que eu não fiz
Que eu não fiz volta pra mim não faz assim
Ao menos um motivo uma explicação
Tente entender que eu não vivo sem você
Não deixe o nosso amor sofrer assim
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